Setembro Amarelo — Transtornos depressivos e a Farmacogenética
Publicado em: 02/09/2019, 20:19
Setembro é o mês mundial de prevenção ao suicídio, também chamado de Setembro Amarelo. A campanha no Brasil se iniciou em 2015 e foi criada pelo Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria. A origem da cor amarela vem da história que inspirou a campanha: Um jovem norte americano de apenas 17 anos que tirou a própria vida dirigindo seu Mustang 68, um carro que ele próprio restaurou e pintou de amarelo. No dia do funeral, os familiares e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas presas a eles com a mensagem: Se você precisar, peça ajuda!
No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado assustadoramente entre jovens. Entre 2000 e 2016, as taxas de suicídio aumentaram 73%, passando de 6.780 para 11.736, segundo dados do Ministério da Saúde.
Hoje é de conhecimento de todos que os transtornos depressivos se devem a fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais, sendo uma doença como outra doença qualquer, que merece atenção e deve ser tratada. Porém, durante muito tempo o assunto não era abordado devido ao preconceito e ao estigma.
Falhas na adesão ao tratamento dos transtornos depressivos podem ocorrer devido ao aparecimento de efeitos adversos ou devido à ausência de resposta à medicação. Os antidepressivos são substratos do sistema enzimático Citocromo P450 em que existem várias isoformas enzimáticas codificadas por diferentes genes. Assim, variantes desses genes podem determinar enorme variabilidade na maneira como cada individuo irá metabolizar o medicamento ou, ainda, variabilidade na dose de medicamento adequada para uma resposta terapêutica eficiente. O estudo dessas variantes é chamado de Farmacogenética.
O teste de farmacogenética é um grande aliado no tratamento dos transtornos depressivos. O conhecimento da presença ou ausência de mutações nos genes envolvidos no metabolismo dos anitidepressivos fornece subsídios para auxiliar na personalização da escolha da medicação e no manejo de dosagens.
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Referências bibliográficas:
Lima, I. V. M.; Sougey, E. B.; VALLADA-FILHO, H. P. Farmacogenética do tratamento da depressão: busca de marcadores moleculares de boa resposta aos antidepressivos. Rev. Psiq. Clín. 31 (1);40-43, 2004.
Lafer, B e VALLADA-FILHO, H. P. Genética e Fisiopatologia dos transtornos depressivos. Rev Bras Psiquiatr. v21, 1999.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Setembro_Amarelo. Acessado em 26/08/2019.