Fevereiro Laranja: Mês de Conscientização do Combate à Leucemia
Publicado em: 03/02/2022, 18:12
Um simples hemograma, uma coleta de sangue comum e pronto! Lá pode estar o diagnóstico de uma leucemia. Números elevados de leucócitos podem indicar que algo não está como deveria. Juntamente com outras informações, o médico pode chegar a suspeitas de um câncer hematológico. Porém, ainda é preciso mais testes para a confirmação diagnóstica, e, posteriormente, para o tratamento e o acompanhamento da doença. A lista de exames é grande, mas, com o avanço da Medicina Diagnóstica, é possível identificar alterações genéticas, auxiliando na escolha do melhor tratamento e detectando precocemente casos de recidiva. Quando diagnosticado precocemente, a leucemia infantil chega a ter 80% de chance de cura.
Exames, como cariótipo banda G hematológico, são fundamentais por auxiliarem o diagnóstico, a classificação, o monitoramento e o tratamento dos pacientes. Para a avaliação da “pega” do transplante de medula óssea, tratamento necessário para casos de neoplasias hematológicas malignas, é muito utilizado o teste de quimerismo, uma vez que o sucesso do transplante ocorre quando há a detecção exclusiva de células do doador na medula óssea do receptor. Há também exames mais específicos para alguns tipos de leucemia, que utilizam metodologias de Citometria de Fluxo e de FISH para detecção das leucemia linfocítica crônica e leucemia meilocítica aguda, os exames de FISH podem ser realizados na forma de painéis e permitem identificar as principais alterações genéticas nesses tipos de alterações hematológicas, avaliando as deleções, fusões e translocações.
E também, há os exames de Patologia, que realizam biopsias nos tecidos da medula óssea. Esses são capazes de estabelecer um prognóstico, determinar a predição de respostas terapêuticas a medicamentos específicos e identificar o grau da malignidade do câncer.
Mas, afinal, o que é a leucemia?
Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), a leucemia é um tipo de câncer que afeta as células-tronco da medula óssea. As células sanguíneas doentes se formam dificultando a produção de células saudáveis. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2019, foram registradas 7.370 mortes pela doença.
Dr. Carlos Aita, médico patologista clínico do DB Diagnósticos explica que há vários tipos de leucemia. O próprio INCA chega a citar mais de 12. “Há dois grandes grupos de leucemias: as agudas e as crônicas. Nas agudas, as células leucêmicas crescem mais rápido, provocando uma doença mais grave em um curto intervalo de tempo. Já nas crônicas, o processo de crescimento é bem mais lento” explica o médico, que classifica os quatros grupos primários delas: Leucemia mieloide aguda (LMA), Leucemia mieloide crônica (LMC), Leucemia linfoide aguda (LLA) e Leucemia linfoide crônica (LLC).
“A grande maioria se dá em adultos e em pessoas com idade avançada, mas ainda assim, a leucemia é conhecida como o câncer infantil. Isso porque, dentro dessa população, é o câncer com maior índice, representando 28% dos cânceres pediátricos, de 0 a 19 anos”, complementa Dr. Carlos.
As causas reais para o desenvolvimento das leucemias ainda são desconhecidas. Há muita pesquisa sobre o assunto, mas se acredita que fatores como: exposição ao benzeno, radiações ionizantes e agrotóxicos, dentre outros, podem estar relacionados a alguns tipos. Também há fatores genéticos e hereditários a serem levados em consideração. O tratamento varia entre protocolos quimioterápicos, medicamentos, terapias multifatoriais e transplante de medula óssea.
Leucemia e a doação de Medula Óssea
O mês de fevereiro é dedicado à conscientização e à prevenção da leucemia. Para isso, nada melhor do que estimular a doação de medula óssea. O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) diz que o transplante pode beneficiar cerca de 80 doenças, em diferentes estágios e faixas etárias. Além disso, enfatiza que um doador ideal só está disponível em 25% das famílias brasileiras. Para o restante dos pacientes, a busca pela cura se torna mais difícil, tendo que recorrer ao registro de doadores voluntários, bancos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis.
Para se tornar um doador de medula óssea é fácil, basta comparecer ao hemocentro mais próximo de sua casa e dizer que quer ser um doador. O cadastro no banco de voluntários é feito com uma simples coleta de sangue. E caso haja compatibilidade, o possível doador é chamado para mais exames e, por fim, para o procedimento de doação. É rápido, simples e salva vidas. Saiba mais em: www.redome.com.br.