DB Molecular inaugura setor de Citometria de Fluxo e internaliza exames
Publicado em: 14/08/2023, 20:00
O DB Molecular implementa um novo setor de Medicina Diagnóstica Laboratorial. Trata-se do Setor de Citometria de Fluxo, que trabalha com a tecnologia “load & go”, na qual a preparação e a análise da amostra são feitas em uma única plataforma. Isso traz agilidade para a rotina e proporciona fluxos de urgência com liberação de laudo completo em até 24h.
Esse foi um dos principais avanços que o método, desenvolvido há quase 100 anos, trouxe para o DB, que constantemente trabalha para reduzir o tempo de retorno do resultado ao médico, priorizando o paciente e proporcionando chances significativas de recuperação para casos críticos. Com a internalização de exames, o laboratório projeta linhas de urgência, colocando a equipe médica do Setor Molecular em contato direto com o médico solicitante.
Segundo Antônio Fabbron, médico hematologista e diretor-geral do DB Diagnósticos, grupo ao qual pertence o DB Molecular, desde sua fundação, a empresa acompanha as mudanças tecnológicas e as tendências do mercado de investigação diagnóstica laboratorial. Para isso, tem investido em equipamentos modernos que possibilitem atender seus clientes laboratoriais e, principalmente, os pacientes na integralidade de suas necessidades diagnósticas.
“Contratamos os melhores profissionais da área de Citometria, que conseguem extrair o melhor da tecnologia para contribuir com o resultado final do exame. A implantação do Setor de Citometria de Fluxo no DB Molecular, juntamente com o Setor de Citogenética e Genética Molecular, tem trazido benefícios enormes para o diagnóstico integrado aos pacientes com suspeita de doenças oncológicas, principalmente, hematológicas”, afirmou.
Como funciona a ferramenta de Citometria de Fluxo
A Citometria de Fluxo é utilizada para o estudo de partículas, que podem ser células, componentes celulares ou até material não celular, suspensas em meio líquido em fluxo e marcadas com fluorocromos ou anticorpos monoclonais acoplados a fluorocromos por medidas de dispersão de luz. Desde seu desenvolvimento, esse método está ganhando cada vez mais importância na Medicina Diagnóstica em razão da imunofenotipagem de populações celulares normais e neoplásicas. Com marcação prévia das células com anticorpos monoclonais, é possível estudar constituintes de membrana característicos de uma determinada linhagem celular. Como uma de suas principais vantagens, a Citometria de Fluxo tem a capacidade de medir um grande número de parâmetros (2 a 30 ou mais) em uma amostra e a capacidade de coletar informações de milhões de células em questão de segundos. Além disso, a técnica é altamente sensível e pode ser usada para detectar até mesmo pequenas populações de células em amostras complexas, como medula óssea, líquidos cavitários e até amostras sólidas. É por isso que a imunofenotipagem por Citometria de Fluxo é a técnica de escolha em muitas situações devido à alta sensibilidade, à capacidade de analisar grandes quantidades de células em curtos períodos de tempo e à possibilidade de avaliar simultaneamente múltiplos marcadores em células individuais. Esse processo também é altamente automatizado, o que permite a análise de grandes quantidades de amostras de forma eficiente e reprodutível.
Para o diretor-geral do DB, essa técnica proporcionou inúmeras vantagens ao mercado de Medicina Diagnóstica. Entre elas, está a principal, que é permitir analisar diversas células e em diversos parâmetros ao mesmo tempo, além de conseguir analisar antígenos marcados em superfície, no citoplasma e no núcleo.
“A imunofenotipagem por Citometria de Fluxo é atualmente uma ferramenta indispensável para o diagnóstico hematopatológico. Nos últimos anos, muitos progressos foram alcançados em instrumentação, novos anticorpos e fluorocromos, e programas de análise. Consequentemente, houve um grande avanço no conhecimento da patogênese das neoplasias hematológicas e novos marcadores diagnósticos e prognósticos foram descritos”, apontou Fabbron.
Tendências nas análises laboratoriais
A imunofenotipagem é amplamente utilizada em pesquisa biomédica e em diagnóstico clínico, particularmente em áreas, como Hematologia, Imunologia e Oncologia, sendo uma das técnicas mais utilizadas para a análise de células do sistema imunológico e para a identificação de células tumorais em amostras biológicas. Em Hematologia, a imunofenotipagem é a técnica de escolha para a identificação de células do sangue, incluindo células progenitoras, linfócitos, monócitos e células tumorais, sendo particularmente útil no diagnóstico de doenças hematológicas, como leucemias e linfomas, bem como na monitorização do tratamento dessas doenças (pesquisa da doença residual mensurável). Em casos como na quantificação de células progenitoras CD34+ e detecção de clones de hemoglobinúria paroxística noturna, a imunofenotipagem é a técnica de escolha. Situações, como neoplasias onco-hematológicas, também priorizam o uso desse tipo de análise. Um exemplo é a tricoleucemia, embora o ideal sempre seja o diagnóstico integrado entre as mais variadas técnicas disponíveis. Em Imunologia, a análise de populações de células imunes em diferentes órgãos e tecidos pode dar uma ideia da integridade do sistema imunológico e estudar a resposta a infecções, caracterizando populações de celulares em doenças autoimunes e para avaliar a eficácia de tratamentos imunomoduladores.